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domingo, 22 de maio de 2011

           
 Este incidente ocorreu sobre o Estreito de Bass, na Austrália, no dia 21 de outubro de 1978, e envolveu o piloto civil Frederick Valentich. Frederick era um piloto experiente que havia realizado dezenas de viagens aéreas entre Victoria e a Ilha de King (Austrália) com seu avião Cessna 182-L, e já havia acumulado uma quantidade significativa de horas de vôo, tanto noturnas quanto diurnas.
           Frederick Valentich planejou o seu vôo antecipadamente e programou passar sobre o Cabo Otway, para atingir o Estreito de Bass. Seu avião deixou o aeroporto de Moorabbin precisamente às 18:19 horas, sendo que o vôo todo, na ida, não tomaria mais que 90 minutos e a chegada estava prevista para às 19:50 horas. Quando decolou, ainda faltavam cerca de 30 minutos para o pôr do sol.
          Quando passava sobre o Cabo Otway, Valentich comunicou-se com a torre de controle aéreo, por volta das 19:00 horas, informando que se encontrava à cerca de 4.500 pés de altura, sobre o mar. Nesta ocasião, as condições de tempo estavam perfeitas, com ventos bem suaves, ar morno e céu sem qualquer nuvem.
           Já ingressando no escuro da noite, às 19:06 horas, Frederick contatou a torre de controle, com a voz calma e sem demonstrar qualquer distúrbio, perguntando ao controlador em operações sobre estranhas luzes que estava observando a alguns quilômetros a sua frente. O controlador respondeu desconhecer do que se tratavam tais luzes e os dois mantiveram então uma conversa enquanto que, em poucos minutos, Frederick Valentich desaparecia sem qualquer vestígio. Buscas realizadas na área não localizaram o avião e nem o piloto. Toda a conversa está gravada em 53 minutos de fita em poder do Departamento de Transportes da Austrália (DOT).
           A fita, após muita insistência da família do piloto desaparecido e da imprensa mundial, foi liberada com ligeiros cortes. Segue abaixo a transcrição traduzida da conversa entre Frederick Valentich e o controlador de vôo:
FREDERICK – Melbourne, aqui é Delta Sierra Juliete. Há algum tráfego abaixo de mim a 5 mil?
CONTROLE – Delta Sierra Juliete, não há nenhum tráfego conhecido.
FREDERICK – Delta Sierra Juliete, parece ser uma grande aeronave abaixo de mim 5 mil.
CONTROLE – Delta Sierra Juliete, que tipo de aeronave é essa?
FREDERICK – Delta Sierra Juliete, aqui. Eu não posso precisar. Apresenta 4 luzes. É como as luzes de pouso de uma enorme aeronave.
CONTROLE – Delta Sierra Juliete.
FREDERICK – Melbourne, aqui Delta Sierra Juliete. A aeronave acaba de passar sobre mim a pelo menos mil pés.
CONTROLE – Delta Sierra Juliete, "roger". E é uma grande aeronave? Confirme.
FREDERICK – Desconheço devido à sua velocidade. Existe alguma aeronave da Força Aérea nas vizinhanças?
CONTROLE – Delta Sierra Juliete. Não há nenhum tráfego nas vizinhanças.
FREDERICK – Melbourne, está se aproximando agora, vindo do leste na minha direção.
CONTROLE – Delta Sierra Juliete.
FREDERICK – (microfone se abre por dois segundo e volta a se fechar em torno de seis a sete segundos) Delta Sierra Juliete, aqui. Me parece que a coisa está jogando algum tipo de jogo. Está voando duas ou três vezes a velocidade que eu não posso identificar.
CONTROLE – Delta Sierra Juliete, "roger". Qual o seu nível atual?
FREDERICK – Meu nível atual é 4,5 mil; 4,5,0,0.
CONTROLE – Delta Sierra Juliete. E você confirma que não pode identificar a aeronave?
FREDERICK – Afirmativo.
CONTROLE – Delta Sierra Juliete, "roger". Aguarde.
FREDERICK – Melbourne, aqui Delta Sierra Juliete. Aquilo não é uma aeronave; aquilo está...(microfone se mantêm aberto por 2 segundos e fecha)
CONTROLE – Delta Sierra Juliete, você pode descrever a aeronave?
FREDERICK – Delta Sierra Juliete, aqui. Quando passa, parece ser enorme, comprido...(microfone aberto por mais 3 segundos)...não posso identificar mais que... aquilo é muito rápido...(microfone aberto por mais 3 segundos)...está bem na minha frente agora, Melbourne.
CONTROLE – Delta Sierra Juliete, "roger". Me informe qual o tamanho que o objeto pode ter.
FREDERICK – Delta Sierra Juliete, Melbourne. Parece que está estacionário. O que eu estou fazendo bem agora é orbitar, e a coisa está orbitando sobre mim também; a coisa tem luzes verdes e algum tipo de superfície metálica, pois toda ela brilha por fora.
CONTROLE – Delta Sierra Juliete.
FREDERICK – Delta Sierra Juliete aqui...(microfone aberto por 5 segundos)...a coisa simplesmente desapareceu.
CONTROLE – Delta Sierra Juliete.
FREDERICK – Melbourne, vocês saberiam informar que tipo de aeronave é aquela? Seria uma nave militar?
CONTROLE – Delta Sierra Juliete. Confirme que a aeronave desapareceu.
FREDERICK – Repita por favor...
CONTROLE – Delta Sierra Juliete, a aeronave ainda está aí com você?
FREDERICK – Delta Sierra Juliete. Está...oh...não...(microfone aberto mais 2 segundos). Está agora se aproximando, vindo de sudoeste.
CONTROLE – Delta Sierra Juliete.
FREDERICK – Delta Sierra Juliete, aqui. O aparelho é muito estranho...agora eu o tenho a 23 ou 24...e a coisa está...
CONTROLE – Delta Sierra Juliete, "roger". Quais são as suas atitudes agora?
FREDERICK – Minha atitude agora é para a Ilha King, Melbourne... aguarde... a estranha aeronave está sobrevoando-me agora, bem acima, novamente... (microfone aberto por 2 segundos)... está acima de mim e não é uma aeronave...
CONTROLE – Delta Sierra Juliete.
FREDERICK – Delta Sierra Juliete, Melbourne... (fim das comunicações após 17 segundos de ruídos metálicos de origem desconhecida).
           Apesar dos esforços não se encontrou nenhum destroço sequer de uma possível queda – era como se o avião e o capitão simplesmente tivessem sido desintegrados em pleno vôo. Até hoje o incidente envolvendo Frederick Valentich não tem uma explicação racional e, pelo conteúdo de sua comunicação com a Torre de Controle, há grandes indícios que Valentich tenha encontrado um UFO durante seu vôo.

O caso das máscaras de chumbo

Um mistério ainda não desvendado!          

    No dia 20 de agosto de 1966, um sábado, dois homens foram encontrados mortos no alto do Morro do Vintém, no bairro Santa Rosa, em Niterói, Estado do Rio de Janeiro. Nenhum sinal de violência ou luta corporal. Os corpos estavam próximos, um ao lado do outro, deitados de costas no chão, em cima de uma espécie de "cama" feita com folhas de Pintoba, uma espécie de palmeira, as quais foram cortadas com alguma faca ou algo similar. Os corpos estavam bem vestidos com ternos limpos e com capas de chuva. Os corpos já estavam em adiantado estado de putrefação. Do lado dos corpos um estranho marco de cimento, uma garrafa de água mineral magnesiana, uma folha de papel laminado que foi usada como copo, um embrulho de papel com duas toalhas, um par de óculos preto com uma aliança em uma das hastes, um lenço com as iniciais "MAS", duas toscas máscaras de chumbo, um papel com equações básicas de eletrônica e um estranho papel com a seguinte escrita:

      


16:30 hs. – estar no local determinado.
18:30 hs. – ingerir cápsula após efeito,
proteger metais...
           A autópsia realizada nos corpos, pelo médico legista Dr. Astor Pereira de Melo, nada revelou como a "causa-mortis", pois não havia sinal de violência, de envenenamento, de distúrbios orgânicos e total ausência de contaminação por radioatividade. Foram realizados diversos exames toxicológicos, em diversos pedaços das vísceras e todos deram negativos.
           Os documentos que portavam permitiram facilmente identificar que eram os sócios radiotécnicos Miguel José Viana, 34 anos e Manoel Pereira da Cruz, 32 anos, moradores na cidade de Campos dos Goitacazes, Interior do Estado do Rio de Janeiro. Os exames grafotécnicos realizados nos bilhetes provaram que a caligrafia era de Miguel José Viana.

      
           
Para complicar ainda mais, na noite em que os radiotécnicos morreram, em 17 de agosto de 1966, uma quarta-feira, várias testemunhas telefonaram para a Polícia para informar que viram um disco voador no alto do Morro do Vintém, ou seja, um estranho objeto, de forma arredondada e com um halo de luz intensa, sobrevoando o local onde foram encontrados os corpos.
           Até hoje a Polícia não soube explicar o que realmente aconteceu. Um simples latrocínio? Uma experiência parapsicológica mal sucedida? Uma experiência psicotrônica com um fim trágico? Um encontro fatal com tripulantes de um disco voador?
           Para tentar entender o que pode ter acontecido, vamos detalhar, passo a passo, o que eles fizeram desde que saíram de Campos e até que foram encontrados mortos em Niterói.
           Agosto/66 – Não se sabe corretamente o dia, mas as duas máscaras de chumbo foram feitas pelos radiotécnicos em sua oficina em Campos, RJ, pois lá foi encontrado o restante da placa utilizada:

      
          
  Em 16.08.66, à noite, terça-feira, o Manoel Pereira da Cruz informou para sua esposa Neli que iria para São Paulo, juntamente com Miguel José Viana, seu sócio, casado, para comprar um carro usado e alguns componentes de eletrônica para o estoque da oficina. Ele embrulhou dois milhões e trezentos mil cruzeiros (mil dólares aproximadamente) para levar na viagem.
           Em 17.08.66, quarta-feira, às 09:00 horas, os radiotécnicos tomam o ônibus na rodoviária de Campos, com destino à Niterói e não São Paulo como haviam informado à família.
           Em 17.08.66, quarta-feira, às 14:30 horas, eles chegam na rodoviária de Niterói.
          Entre as 14:30 horas até o instante em que eles morreram, a polícia descobriu que eles passaram em uma loja de componentes eletrônicos, onde eles eram fregueses, a Fluoscop, situada na Travessa Alberto Vitor, 13, no Centro de Niterói. Passaram em uma loja e compraram capas de chuva. Passaram em um bar, situado à Av. Marquês do Paraná e compraram uma garrafa de água mineral magnesiana, não esquecendo de pegar o comprovante do vasilhame, para poder devolver na volta. A pessoa que os atendeu, neste último estabelecimento, disse que Miguel parecia estar nervoso e a toda hora consultava as horas no relógio. Aquele dia estava chuvoso e escurecendo rapidamente.
           O vigia Raulino de Matos, morador no local, viu quando Manoel e Miguel chegaram ao pé do morro em um jipe, juntamente com outras duas pessoas, até hoje não identificadas. Manoel e Miguel desceram do jipe e subiram o morro à pé.
           Na manhã de 18.08.66, quinta-feira, um garoto de 18 anos, Paulo Cordeiro Azevedo dos Santos, que estava caçando passarinhos, viu os corpos e avisou o guarda Antônio Guerra, que servia na radiopatrulha. Posteriormente, esse guarda foi ouvido pelo Delegado Venâncio Bittencourt, que comandou as investigações, para saber porque demorou dois dias para ir ao local onde foram achados os cadáveres. Admitia-se que o guarda ou outra pessoa teria revistado os cadáveres, para se apropriar do dinheiro, mas nada ficou comprovado.
           Em 20.08.66, sábado, dois dias depois, por volta das 18:00 horas, um garoto também de 18 anos, Jorge da Costa Alves, estava procurando sua pipa junto com outros meninos, quando sentiram um forte mau cheiro e localizaram os corpos. Jorge avisou a Segunda Delegacia de Polícia (2a DP) de Niterói.
           Em 21.08.66, domingo, pela manhã, a Polícia, os Bombeiros, jornalistas e curiosos subiram o morro para resgatar os corpos. No bolso de um foi encontrado a quantia de 157 mil cruzeiros (68 dólares) e no bolso do outro 4 mil (menos de 2 dólares), além dos relógios.
           Assim, a Polícia iniciou as investigações. Um dos bilhetes e o sumiço do dinheiro reforçaram a hipótese de um terceiro personagem. Também a ausência de uma faca ou objeto cortante, utilizada para cortar as folhas de Pintoba, reforçou essa hipótese, mas as máscaras de chumbo não combinavam com a situação e nem o estranho bilhete. A hipótese de uma terceira pessoa indicava que ela teria dirigido a pesquisa, mas não teria participado.
          Mais tarde, a Polícia prendeu o amigo Elcio Correia Gomes, espírita, que introduziu os dois radiotécnicos em estranhas e grandiosas experiências. Tempos antes, os três causaram uma enorme explosão, na Praia de Atafona, no Interior do Rio de Janeiro. A explosão foi tão grande e causou um clarão enorme, que a população pensou que estava ocorrendo um terremoto. Esse acidente foi objeto de investigação por parte da Marinha Brasileira. Como a Polícia não encontrou provas contra o Elcio, ele acabou sendo libertado.
           Após os jornais terem anunciado essas duas estranhas mortes, a Sra. Gracinda Barbosa Coutinho de Sousa, informou que, na noite de 17.08.66, entre 19:00 e 20:00 horas, juntamente com três filhos, duas meninas e um menino, estavam passando, de carro, pela Alameda São Boaventura, no bairro Fonseca, quando a filha Denise, de 7 anos, chamou a atenção da mãe de algo no alto do morro. Viram um objeto multicolorido, ovóide, de cor alaranjado, com um anel de fogo de onde saíam raios azuis em várias direções. Após a imprensa divulgar esse depoimento, várias outras pessoas se encorajaram e ligaram para a Polícia informando que também tinham visto tal objeto luminoso no mesmo local, dia e hora.
           Técnicos em eletrônica fundamentaram a hipótese de que Manoel e Miguel foram mortos por um raio, pois nesse dia chovia muito. Argumentaram que eles estavam em um local alto, com uma máscara de chumbo no rosto. Os corpos teriam sofrido ligeiras queimaduras, as quais só não foram constatadas na autópsia porque as marcas se desfizeram com a decomposição dos cadáveres. Essa hipótese não foi confirmada pelo médico legista.
           O Padre Oscar Gonzalez Quevedo, professor de parapsicologia, na época, deu um depoimento ao jornal O Globo, informando que máscaras de chumbo eram usadas em testes mortíferos de ocultismo. Disse que o ocultismo admitia que dos novos mundos emanavam irradiações luminosas, por exemplo, capazes de afetar aquilo a que chamavam de "terceiro olho", e fulminar o experimentador. Daí a necessidade da proteção com as máscaras de chumbo. Nesse tipo de experiência, o experimentador deve ingerir uma quantidade de droga que lhe permite entrar em transe e deve estar em jejum para provocar o desequilíbrio físico e mental. Essas experiências são conhecidas como psigama e hiperestesia. No primeiro caso o experimentador procura liberar a alma para conseguir captações espirituais, e na segunda, os nervos hiperexcitados são o instrumento pelo qual o homem procura sentir aspectos sutis da realidade que o cerca. O Padre Quevedo frisa que para conseguir êxito em qualquer uma dessas experiências, são indispensáveis muitos exercícios e perfeito estado físico.
          A situação ficou mais complicada quando a Polícia descobriu uma morte bem semelhante, quatro anos antes. José de Sousa Arêas informou que em 1962, um técnico de televisão, foi encontrado morto, no Morro do Cruzeiro, em Neves, sem nenhum tipo de violência, com todos os seus pertences e também com uma máscara de chumbo. Ele se chamava Hermes de tal e foi no alto do morro para tentar "captar" sinais de televisão sem o auxílio de nenhum aparelho eletrônico. Disse que ele engoliu um comprimido redondo e morreu porque não estava fisicamente preparado para a empreitada, que oferecia possibilidade de vida ou morte.
           Depois de muita investigação e várias hipóteses levantadas, em 25.08.67, os corpos foram exumados, para ser realizado uma nova série de exames, no Rio de Janeiro e em São Paulo, mas nada foi descoberto.
           Em maio de 1969, a Justiça Brasileira arquivou o Processo por falta de provas.
           Em 1980 um novo mistério. O cientista e Ufólogo Jacques Vallée, que trabalhou para a NASA, veio ao Brasil exclusivamente para pesquisar esse caso. Ao chegar no local, em companhia de sua esposa, do detetive Saulo Soares de Souza e do repórter policial Mário Dias subiram o morro e lá ficaram estarrecidos. No local onde foram encontrados os corpos, não havia vegetação e estavam demarcados, como se alguém tivesse contornado os corpos, e o solo estava como se tivesse sido calcinado.
           Assim, o Mistério das Máscaras de Chumbo até hoje continua sendo uma grande incógnita. A Polícia não conseguiu esclarecer o que aconteceu e nem o Poder Judiciário. O que realmente aconteceu? Um latrocínio bem elaborado? Uma experiência parapsicológica mal sucedida? Uma experiência psicotrônica com um fim trágico? Um encontro fatal com tripulantes de um disco voador? Não sabemos. Se você tiver algum fato novo que possa ajudar a esclarecer este caso, por favor, entre em contato conosco.

sábado, 21 de maio de 2011

Caso Antônio Villas Boas



             Considerado um clássico da casuística brasileira, este caso ocorreu em outubro de 1957 e envolveu o então jovem Antônio Villas Boas, na fazenda de sua família, situada em São Francisco de Salles, no Estado de Minas Gerais. A fazenda abrange campos extensos e muitas plantações. Para lavrar as terras, a família de Villas Boas usava um trator com o qual trabalham em dois turnos, um diurno e outro noturno. De dia, trabalham os empregados da fazenda e à noite, por sua vez, o próprio Antônio Villas Boas, sozinho ou acompanhado de seus irmãos, lavrava as terras com o trator.
          Tudo começou na noite de 05 de outubro de 1957. Naquela noite, a família de Antônio Villas Boas se recolheu para dormir por volta das 23:00 horas. Fazia bastante calor naquela noite e, por isso, Villas Boas abriu a janela, que dá para o terreiro. Neste momento ele avistou uma luz brilhante, que iluminava toda a área. Era uma luz bem mais clara do que a do luar e Villas Boas não conseguiu distinguir sua procedência – apenas que vinha do alto como se um forte holofote estivesse direcionado para o chão. Diante disso, Villas Boas chamou seu irmão para mostrar o estranho fenômeno. Apesar do fenômeno inusitado, ambos não deram muita importância e fecharam a janela para dormir. No entanto, aquela luz não saía da cabeça de Villas Boas e, sentindo uma curiosidade imensa, tornou a levantar-se e abriu a janela para ver o que se passava lá fora. A luz continuava inalterada, no mesmo lugar. Villas Boas ficou com o olhar fixo naquela luz quando, de repente, a mesma se deslocou para perto de sua janela. Assustado, Villas Boas fechou a janela com tanta força que acordou seu irmão e, dentro do quarto escuro, ambos acompanhavam a luz que entrava pelas venezianas da janela. Logo em seguida, a luz se deslocou para o alto do telhado da casa, onde penetrou pelas frestas entre as telhas. Finalmente, depois de alguns minutos, a luz desapareceu e não retornou mais.
           Em 14 de outubro houve um segundo incidente que ocorreu por volta de 21:30 ou 22 horas. Naquela ocasião, Villas Boas trabalhava com o trator em companhia de um outro irmão. De repente, eles avistaram uma luz muito clara, penetrante, a ponto de fazer doer as suas vistas. Segundo o depoimento de Villas Boas, a luz era grande e redonda, como uma roda de carroça, e estava na ponta norte do campo. Ela era de cor vermelho claro e iluminou uma grande área. Ao observarem melhor, distinguiram alguma coisa dentro daquela luz, mas não conseguiram precisar o que era, pois suas vistas ficavam totalmente ofuscada. Curioso, Villas Boas foi na direção da luz para ver o que era, mas assim que se aproximou, ela se deslocou velozmente para a ponta sul do campo, onde ficou novamente parada. Villas Boas correu atrás da luz, que então tornou a voltar para onde estava antes. Finalmente, Villas Boas desiste de tentar chegar na luz e volta para junto de seu irmão. Por uns poucos minutos, a luz ficou imóvel, à distância. Ela parecia emitir raios intermitentes e em todas as direções. Em seguida, desapareceu tão repentinamente, que deu a impressão que ela simplesmente "se apagou".
          Na noite do dia seguinte, de 15 para 16 de Outubro, Villas Boas trabalhou sozinho com o trator. Era uma noite fria e o céu noturno estava claro e estrelado. Por volta da uma hora da madrugada, Villas Boas viu uma estrela vermelha. No entanto, logo percebeu que não se tratava de uma simples estrela, pois aumentava progressivamente de tamanho e parecia se aproximar velozmente dele. Dentro de alguns poucos instantes, a estrela se revelou um objeto brilhante, com o formato de um ovo, que se dirigia na direção de Villas Boas com uma velocidade incrível. Sua aproximação era tão veloz que já estava sobre o trator antes de Villas Boas ter qualquer reação. De repente, o objeto parou a uma altura estimada pelo protagonista como em torno de uns 50 metros, e bem acima de sua cabeça. O trator e o campo ficaram iluminados como se fosse de dia. Essa situação durou uns dois minutos e Villas Boas, hesitante e sem saber o que fazer, ficou paralisado.
           Finalmente, a luz tornou a se deslocar e parou a uns 10 a 15 metros à frente de seu trator, para então pousar no solo lentamente. Nesse momento já era possível distinguir nitidamente os contornos da máquina: era parecida com um ovo alongado, apresentando três picos, um no meio e um de cada lado. Os picos eram metálicos, de ponta fina e base larga. Villas Boas não pôde distinguir sua cor por causa da forte luz vermelha que o objeto emitia. Em cima havia algo girando a alta velocidade que, por sua vez, emitia uma luz vermelha fluorescente.
           De repente, a parte debaixo do objeto se abriu e deles saíram três suportes metálicos... e isso aterrorizou Villas Boas, que previa que algo iminente iria acontecer com ele. Não disposto a esperar para ver do que se tratava, Villas Boas pôs o pé no acelerador, desviou-o do objeto voador e tentou escapar. Porém, após avançar alguns metros, o motor parou e os faróis se apagaram. Aterrorizado, ele tentou dar a partida, mas o motor não pegou mais. Em vista disso, Villas Boas pulou do trator, que estava atrás do objeto, e correu desesperadamente. Mas um minúsculo ser estranho, que mal chegava a altura dos seus ombros, pegou em seu braço. Chocado, Villas Boas aplicou-lhe um golpe que o fez perder o equilíbrio, largar o seu braço e cair para trás. Novamente, tentou correr quando,instantaneamente, três outros seres pegaram-me por trás e pelos lados, segurando seus braços e pernas. Villas Boas perdeu o equilíbrio, caindo no chão, e acabou ficando totalmente dominado pelas criaturas.
           Os seres o levantaram do solo, sem que ele pudesse esboçar sequer o menor gesto. Tomado pelo mais completo desespero, Villas Boas tentou se livrar das criaturas, mas os seres o seguravam firme e não deixaram-no escapar. Neste momento, Villas Boas gritou por socorro e xingou as criaturas exigindo que soltassem-no, mas nada adiantou. As criaturas o levaram então para sua nave que estava pousada sobre suportes metálicos. Na parte traseira do objeto voador havia uma porta, que se abria de cima para baixo, e assim servia de rampa. Na sua ponta havia uma escada de metal, do mesmo metal prateado das paredes da máquina, e que descia até o solo. Os seres estavam com a situação completamente dominada e só tiveram dificuldade em fazer Villas Boas subir pela escada, que só dava para duas pessoas, uma ao lado da outra, e não era firme, mas móvel, balançando fortemente a cada uma das tentativas de Villas Boas se livrar dos seus raptores. De cada lado havia um corrimão, com a espessura de um cabo de vassoura, no qual Villas Boas agarrou para não ser levado para cima – o que fez com que as criaturas tivessem de parar, a fim de desprender a força as suas mãos do corrimão.
           Por fim, os seres conseguiram arrancar as mãos de Villas Boas do corrimão e leva-lo para o interior da nave. Logo em seguida, deixaram Villas Boas em um pequeno recinto quadrado. A luz brilhante do teto metálico refletia-se nas paredes de metal polido. Ela era emitida por numerosas lâmpadas quadradas, embutidas debaixo do teto, ao redor da sala. Logo em seguida, a porta de entrada, junto com a escada recolhida, levantou-se e se fechou. O que impressionou Villas Boas é que, uma vez a porta fechada, ela se integrava à parede de tal forma que era impossível percebê-la. Um dos cinco seres presentes apontou com a mão para uma porta aberta e fez Villas Boas compreender que deveria segui-lo para aquele recinto. Cansado, estressado e vendo que não tinha qualquer outra alternativa, Villas Boas obedeceu a criatura. Dentro desse recinto, os únicos móveis existentes eramuma mesa de desenho estranho e várias cadeiras giratórias parecidas com as nossas cadeiras de balcão de bar. Todos os objetos eram de metal. A mesa e as cadeiras tinham um só pé no centro.
           Os seres continuavam segurando firmemente Villas Boas e pareciam conversar entre si numa linguagem completamente estranha e incompreensível – pareciam estar discutindo. Quando finalmente deu a entender que as criaturas tinham chegado a uma decisão, os cinco pararam de falar entre si e começaram a tirar as roupas de Villas Boas. Claro que Villas Boas não gostou nada da idéia de ficar nu. Imediatamente ele reagiu e começou a tentar se defender de todas as formas, inclusive debatendo-se, gritando e xingando os seres. Não adiantou: Villas Boas ficou completamente nu. Uma das criaturas se aproxima de Villas Boas segurando algo que parecia ser uma espécie de esponja, com a qual passou um líquido em todo o seu corpo. Era uma esponja bem macia e o líquido era bem claro e inodoro, porém mais viscoso do que a água. Num primeiro momento, Villas Boas pensou que fosse um óleo, mas chegou a conclusão que não era porque a sua pele não ficou oleosa, nem gordurosa. Quando passaram aquele líquido no corpo de Villas Boas, ele sentiu um frio intenso, e tremeu muito. No entanto, logo o líquido secou e Villas Boas já não sentia mais nada.
           Então, três das criaturas levaram Villas Boas para uma porta que fica do lado oposto daquela pela qual eles haviam entrado no interior da nave. Um deles tocou em algo bem no centro da porta que, em seguida, se abriu para os dois lados, como uma porta de encaixar de bar feita de uma só folha, do piso ao teto. Em cima, havia uma espécie de inscrição com letreiros luminosos de cor vermelha. Os efeitos da luz deixaram aqueles letreiros salientes, destacados da porta em um ou dois centímetros. Eram totalmente diferentes de quaisquer dos símbolos ou caracteres conhecidos. Villas Boas tentou gravá-los em sua memória, mas não conseguiu.
          Em companhia de dois seres, Antônio Villas Boas ingressou em uma pequena sala quadrada, iluminada como os demais recintos, e a porta se fechou atrás deles. De repente, a parede tornou a se abrir e pela porta entraram mais dois seres. As criaturas levavam nas mãos dois tubos de borracha vermelha, bastante grossos, cada um medindo mais de um metro. Uma das pontas do tubo estava ligada a um recipiente de vidro em forma de taça. Na outra ponta havia uma peça de embocadura, parecida com uma ventosa, que colocaram sobre a pele de Villas Boas, debaixo de seu queixo. O ser comprimiu o tubo de borracha fortemente com a mão, como se dele quisesse expelir todo o ar. Logo no início, Villas Boas não sentiu dores nem comichão, mas notou apenas que sua pele estava sendo sugada. Em seguida, Villas Boas sentiu uma ardência e teve vontade de coçar no local. Neste momento a taça se encheu lentamente de sangue até a metade. Logo em seguida, retiraram o tubo de borracha e substituíram-no por outro. Villas Boas sofre nova sangria, só que dessa vez no outro lado do queixo. Nesta segunda sangria as criaturas encheram a taça de sangue. Depois essa operação, os seres se retiraram do recinto e deixaram Villas Boas sozinho.
           Por mais de meia hora, Antônio Villas Boas ficou a sós na sala. Na sala não existiam móveis, exceto uma espécie de cama sem cabeceira nem moldura. Como estava se sentido cansado, Villas Boas sentou-se naquela cama. No mesmo instante, começou a sentir um odor forte, estranho e que lhe causou náuseas. Villas Boas teve a impressão de estar inalando uma fumaça grossa, cortante, que o deixou quase asfixiado. Talvez fosse isso mesmo que estivesse acontecendo, pois quando examinou a parede da sala com mais atenção, notou uma quantidade de pequenos tubos metálicos embutidos na parede, à altura da sua cabeça. Semelhantes a um chuveiro, os tubos apresentavam múltiplos furinhos, pelos quais saia uma fumaça cinzenta, que se dissolveu no ar. Villas Boas estava preso na sala e as criaturas estavam aplicando um gás lá. Sentido-se bastante mal e com ânsia de vômito, Villas Boas foi para um canto da sala e acabou vomitando. Em seguida, pôde respirar sem dificuldades, porém continuava a se sentir mal com aquele cheiro.
           Até aquele momento, Antônio Villas Boas não fazia a menor idéia de como era a aparência dos seres que haviam raptado-lhe. Os cinco usavam macacões bem colantes, de um tecido grosso, cinzento, muito macio e colado com tiras pretas. Cobrindo a cabeça e o pescoço, usavam um capacete de mesma cor, mas de material mais consistente, reforçado atrás, com estreitas tiras de metal. Esse capacete cobria toda a cabeça deixando à mostra somente os olhos que Villas Boas pôde distinguir através de algo parecido com um par de óculos redondos. Acima dos olhos, o capacete tinha duas vezes a altura de uma testa normal.
          A partir do meio da cabeça, descendo pelas costas e entrando no macacão, à altura das costelas, Villas Boas notou três tubos redondos de prata, dos quais não soube dizer se eram de borracha ou metal. O tubo central descia pela coluna vertebral. Na esquerda e na direita desciam os dois outros tubos, que iam até uns 10 centímetros abaixo das axilas. As mangas do macacão eram estreitas e compridas. Os punhos continuavam em luvas grossas, de cinco dedos e com a mesma cor. Nenhum dos macacões tinham bolsos ou botões. As calças eram compridas e colantes e continuavam numa espécie de bota. Todavia, a sola dos sapatos deles era de quatro a sete centímetros de espessura. Era bem diferente dos nossos sapatos. Nas pontas, os sapatos eram levemente encurvados para cima.
           Depois de um longo tempo que Villas Boas não soube precisar, começou um ruído na direção da porta. Villas Boas virou-se naquela direção e deparou-se com uma moça aproximando-se lentamente. Estava totalmente nua e descalça. Seus cabelos eram macios e louros, quase cor de platina – como que esbranquiçados – e lhe caíam na nuca, com as pontas viradas para dentro. Usava o cabelo repartido ao meio e tinha grandes olhos azuis amendoados. Seu nariz era reto. Os ossos da face, muitos altos, conferiam às suas feições uma aparência heterogênea, deixando o rosto bem largo e com o queixo pontudo, que ficava quase triangular. Tinha os lábios finos, pouco marcados, e suas orelhas eram exatamente como a de nossas mulheres comuns. Segundo Villas Boas, ela tinha um corpo lindo e com os seios bem formados. Sua cintura era fina. Os seus quadris eram largos, as coxas compridas, os pés pequenos, as mãos finas e as unhas normais. Ela era de estatura bem baixa – mal chegava nos ombros de Villas Boas.
           Essa criatura se aproximou de Villas Boas, em silêncio, e fitou-lhe com seus olhos grandes – não deixando dúvidas para com suas intenções. De repente, ela abraçou Villas Boas e começou a esfregar seu rosto e corpo contra o dele. A porta tornou a se fechar e Villas Boas ficou a sós com aquela criatura. Considerando a situação em que se encontrava, isso parece um tanto improvável... mas Villas Boas acredita que a excitação pode ter sido resultado do líquido que passaram por todo o seu corpo. De qualquer forma, Villas Boas não conseguiu mais refrear seu apetite sexual e acabaram tendo várias relações sexuais. Depois, a criatura ficou cansada e começou a respirar ofegantemente. Segundo Villas Boas, ele ainda estava excitadíssimo – o que demonstra que não era um estado de excitação sexual comum e natural. Antônio até tentou transar mais, mas ela recusou continuar com o sexo. No momento da recusa, Villas Boas percebeu que queriam ele apenas como um reprodutor para algum tipo de experiência. Apesar disso, segundo seu próprio depoimento, ele tomou o cuidado para não deixar que percebessem a sua irritação. Afinal, ele se encontrava nu, num lugar estranho, com seres estranhos, completamente sem chance de fuga e, sendo assim, não seria muito prudente e inteligente demonstrar qualquer tipo de hostilidade.
          Pouco depois de seus corpos terem se separado, a porta se abriu e um dos seres chamou a moça com gestos. Antes de sair da sala, ela virou-se para Antônio Villas Boas e apontou primeiro para sua barriga, depois, com uma espécie de sorriso, para o próprio Villas Boas e, por último, para o alto – como se quisesse dizer que Villas Boas iria ser pai de uma criança que iria viver no espaço.
           Logo em seguida, um dos seres voltou com as roupas de Villas Boas e ele, por sua vez, se vestiu imediatamente. Segundo Villas Boas, as criaturas lhe devolveram tudo, menos um isqueiro que tinha em um dos bolsos (apesar de cogitar a possibilidade de que ele possa ter caído no chão no momento da luta na hora que estavam capturando-no). Quando Villas Boas terminou de se vestir, os seres o levaram de volta para o mesmo recinto que estava antes de ter entrado naquela sala.
           Chegando lá, três dos tripulantes estavam sentados nas cadeiras giratórias, grunhindo um para o outro. Aquele que veio buscar Villas Boas juntou-se a eles e deixaram-no sozinho. Enquanto eles"falavam entre si", Villas Boas tentou gravar na memória todos os detalhes ao seu redor e observava minuciosamente tudo. Assim, reparou que dentro de uma caixa com tampa de vidro que estava sobre uma mesa havia um disco parecido com um mostrador de relógio: havia um ponteiro e, no lugar dos números 3, 6 e 9, uma marcação negra. No lugar em que normalmente está o número 12, havia quatro pequenos símbolos negros, um do lado do outro.
           Naquele momento, já bem mais calmo, Antônio Villas Boas teve a idéia de pegar aquela coisa e levá-la consigo – a título de ter uma prova concreta de sua inacreditável aventura de abdução. Imaginando que se os seres percebessem seu interesse por aquele objeto e talvez acabassem presenteando-lhe com o mesmo, tratou de se aproximar dele, aos poucos e, quando os seres não olhavam, puxou-o da mesa com as duas mãos. Villas Boas estimou que aquele objeto pesava, pelo menos, uns dois quilos. Porém, as criaturas não deram tempo para que Villas Boas olhasse o objeto de mais perto pois, com a rapidez, um dos seres acabou empurrando Villas Boas para o lado, tirou a caixa de suas mãos e, aparentemente furioso, tornou a colocá-la no lugar. Intimidado com a ação do alienígena, Villas Boas recuou até a parede mais próxima e ficou parado lá, imóvel.
           Enfim, depois de vários minutos, uma das criaturas se levantou e fez um sinal para que Villas Boas o seguisse. Assim, atravessaram a pequena ante-sala, até a porta de entrada, já aberta e com a escada descida. No entanto, ainda não desceram, mas o ser fez Villas Boas compreender que devia acompanha-lo até a rampa que havia em ambos os lados da porta. Ela era estreita, mas permitiu dar uma volta completa ao redor da nave. Primeiro foram para frente e lá Villas Boas viu uma protuberância metálica sobressaindo da nave. Na parte oposta havia essa mesma protuberância.
           O ser também apontou para os picos de metal na parte frontal. Os três estavam firmemente ligados à nave. O protuberância do meio estava ligada diretamente com a parte dianteira. As três esporas tinham a mesma forma, base larga, diminuindo para uma ponta fina e sobressaindo horizontalmente. Elas brilhavam como metal incandescente, mas não irradiavam nenhum calor. Um pouco acima da esporas metálicas havia luzes vermelhas, sendo duas laterais, que eram pequenas e redondas, e uma na da parte dianteira de grande tamanho. Eram os possantes faróis. Acima da rampa, ao redor da nave, estavam dispostas inúmeras lâmpadas quadradas, embutidas no casco. Seu brilhovermelho refletia na rampa, a qual, por sua vez, terminava em uma grande placa de vidro grosso, que entrava fundo no revestimento de metal. Como não existiam janelas em parte alguma, Villas Boas julgou que aquela vidraça serviria para olhar para fora, mesmo que não fornecesse uma boa visão pois, visto de fora, o vidro parecia bastante turvo.
           Após a vistoria da parte frontal da máquina, o ser levou Villas Boas para a parte traseira (que apresentava uma curvatura bem mais pronunciada do que a da dianteira) mas, antes disso, pararam mais uma vez, quando a criatura apontou para cima, onde estava girando a imensa cúpula em forma de prato. Ao girar lentamente, mergulhava numa luz esverdeada, cuja fonte não era possível detectar. Simultaneamente, emitia um som parecido com assobio. Quando, mais tarde, a máquina decolou, as rotações da cúpula aceleraram progressivamente, até desaparecer por completo, e, em seu lugar, permanecer apenas um brilho de luz vermelho-clara. Ao mesmo tempo, o ruído cresceu para um estrondoso uivo. Depois de ter mostrado toda a parte externa da nave para Villas Boas, o ser o levou para a escada metálica e deu a entender que ele estava livre para ir embora. Ele apontou primeiro para si próprio, depois para Villas Boas e, finalmente, para o quadrante sul no céu. Em seguida, fez sinal de que ia recuar e desapareceu no interior da nave.
           A escada metálica foi se recolhendo e a porta da nave se fechou. As luzes da esporas metálica do farol principal e da cúpula ficaram progressivamente mais intensas com o aumento das rotações. Lentamente, a máquina subiu, em uma linha vertical, recolhendo, ao mesmo tempo, seu trem de pouso. O objeto subiu devagar, até uns 30 a 50 metros de altura. Lá parou por alguns segundos, enquanto sua luminosidade se tornava mais intensa. O ruído de uivo tornou-se mais forte, a cúpula começou a girar com uma velocidade enorme, ao passo que sua luz foi se transformando progressivamente, até ficar vermelho-clara. Naquele instante, a nave inclinou-se ligeiramente para o lado, ouviu-se uma batida rítmica e, repentinamente, desviou-se para o sul, desaparecendo de vista uns poucos segundos depois.
           Finalmente, Villas Boas voltou para o seu trator. Era 01:15 horas quando foi levado para o interior da nave e retornou somente às 05:30 horas da madrugada – por mais de quatro horas ficou sob tutela daqueles inusitados seres. Com o passar do tempo, Villas Boas formou-se em Direito, casou-se e teve quatro filhos. Esse caso foi minuciosamente investigado pelo Dr. Olavo Fontes. Um dos elementos mais impressionantes na experiência de Villa Boas são as marcas escuras que começaram a surgir em seu corpo, cujas investigações indicaram como possível causa de um processo de intoxicação radioativa.
           

  Considerado um clássico da casuística nacional, este caso aconteceu em 28 de agosto de 1963, no bairro Sagrada Família, em Belo Horizonte, Minas Gerais, e foi pesquisado pelo grupo ufológico CICOANI. Os meninos Fernando, Ronaldo e José Marcos Gomes Vidal saíram para o quintal da casa a fim de lavar o coador de café com a água de um tambor de gasolina, ao lado da cisterna. José, o menor deles, com sete anos na época, entrou no depósito e se abaixou enfiando totalmente sua cabeça dentro do tambor para pegar a água com um vasilhame que estava em sua mão.
          Logo atrás dele vinha Ronaldo que, subitamente, reparou num "clarão" estranho no quintal. Ao olhar para cima com o objetivo de ver o que estaria causando aquela incomum luminosidade, se deparou com um objeto de formato esférico. O UFO era iluminado internamente e suas paredes eram transparentes. O objeto estava parado e flutuando sobre um abacateiro. Sua distância em relação aos meninos era de cerca de oito metros. Seu tamanho foi estimado como sendo em torno de três metros e meio de diâmetro. Na parte superior do UFO havia uma espécie de antena em forma de V, sendo que cada haste tinha uma esfera na sua ponta superior. No meio havia uma terceira haste de menor tamanho.
           Devido à sua transparência, ficou visível quatro criaturas que eram absolutamente iguais a nós, tirando um detalhe curioso: ao invés de dois olhos, eles tinham um único olho no meio da testa – tal qual um ciclope. Pelo menos um deles era do sexo feminino, pois, diferentemente dos outros três que não tinham cabelos, esta alienígena tinha cabelos cumpridos e dourados que estavam puxados para trás. Todos eles estavam sentados em banquinhos que tinham um único pé. Os assentos estavam dispostos de modo que ficava um na frente, dois no meio e mais um atrás. Em frente do banco da frente havia um console que parecia ser o painel de controle da nave.
          Poucos segundos após o avistamento de Ronaldo, o objeto lançou dois feixes de luz amarela para baixo, formando duas colunas de luz. E eis que entre esses dois feixes de luz desce um dos alienígenas, flutuando lentamente para baixo. A criatura começou a andar na direção da cisterna onde o menino José permanecia com a cabeça enfiada dentro do tambor para pegar a água. Aparentemente José ignorava tudo o que estava acontecendo. Quando a criatura estava a cerca de dois metros de distância de José, ele estendeu seu braço deixando claro que as intenções eram, no mínimo, de tocá-lo. Fernando se desesperou e entendeu que aquela criatura iria pegar José.
           Sem hesitar, Fernando acabou correndo e saltando sobre José, jogando o menino no chão e se colocando diante daquele estranho ser. Imediatamente, o alienígena recuou e fez para Fernando uma série de gestos com as mãos, que era acompanhado pelos movimentos de sua cabeça. A criatura começou a falar várias palavras completamente inteligíveis. Depois, o alienígena se sentou na beira da cisterna, ficando de frente para o UFO, que permanecia flutuando a baixa altura. Como aquele ser de um olho só tinha dado as costas para Fernando, ele pegou um tijolo no chão e chegou a levantar o braço para pegar impulso e jogá-lo na criatura. Mas, imediatamente, o alienígena se levantou e virou na direção de Fernando. Um jato de luz amarela saiu de um pequeno retângulo que estava no peito da roupa do ser e se projetou bem na mão que Fernando segurava o tijolo. A pedra cai no chão e, estranhamente, os três meninos ficaram quietos e totalmente calmos ao invés de saírem correndo e gritarem por socorro.
           E o alienígena permaneceu lá, diante dos três meninos, falando sem parar em um idioma totalmente incompreensível. E foi neste momento que os meninos puderam olhar bem para a criatura. Ele tinha um único olho grande no meio da testa. Seu olho era escuro, sem esclerótica e ficava sobre a base do nariz. Havia um risco que parecia ser a pupila, que se destacava por ser mais escuro. Sobre o olho havia uma mancha que parecia ser a sobrancelha. O rosto era todo vermelho. Foi possível perceber alguns dentes conforme o alienígena abria a boca enquanto falava. Ele usava uma espécie de escafandro e tinha a cabeça envolvida num capacete redondo e transparente, através do qual seu rosto era bem visível. Já a roupa que o alienígena estava usando era de cor marrom até a cintura, branca até os joelhos e depois preta (como se fosse uma espécie de bota). Suas vestimentas pareciam ser feitas de couro ou algo similar e tinha várias "rugas" nas partes correspondentes aos membros e tórax. Ainda, os meninos descreveram que havia uma caixa grudada nas costas de cor de "cobre".
          Num dado momento, o alienígena apontou para a Lua e fez um gesto de elevação lenta com uma mão, como se quisesse representar um vôo até o nosso satélite natural. Logo depois o alienígena caminhou na direção do UFO. Vendo-o afastar-se, José Marcos conseguiu perguntar: "Você volta?". Inusitadamente, o alienígena se virou e fez gestos verticais com a cabeça como se quisesse responder afirmativamente para aquela pergunta. Logo em seguida, voltou a se virar na direção do UFO e caminhou para frente. Mas antes de chegar até a nave, o alienígena se abaixou e pegou uma planta do solo com sua mão esquerda. Quando finalmente chegou no exato local onde havia flutuado até o chão, fez um sinal com a mão e as duas colunas de luz amarela reapareceram. E tal como foi sua chegada, o ser começou a flutuar lentamente, porém subindo na direção da nave. Já dentro do UFO, o alienígena voltou a se sentar junto dos outros. Finalmente a nave emitiu um brilho e voou silenciosamente rumo ao leste, apagando-se logo e desaparecendo.
           Somente após a nave ter desaparecido é que os meninos correram para dentro de casa aos berros e chamando pela mãe. Dona Maria José, a mãe dos garotos, ficou alarmada pela aparência de terror de seus filhos e mandou a menina ir até o bar próximo dali chamar seu marido, o Sr. Alcides Gualberto. Ele, por sua vez, veio imediatamente ver o que havia acontecido. O Sr. Alcides Gualberto constatou que havia marcas pequenas em forma de triângulo no chão do quintal justamente pelo caminho que as crianças afirmaram que o alienígena ciclope havia feito. As crianças ficaram muito amedrontadas e se recusaram a voltar no quintal por vários dias.
           
  Um pouco antes do avistamento de Kenneth Arnold, mais precisamente durante a Segunda Guerra Mundial, houve vários relatos de pilotos dos aviões militares aliados envolvendo estranhas esferas luminosas que surgiam inesperadamente e costumavam voar em formação com seus aviões. Normalmente, enquanto esses objetos estavam próximos, os radares de bordo apresentavam falhas.
           Esses objetos aéreos desconhecidos eram chamados de Foo-fighters, palavra composta da conjunção da palavra francesa "feu" (fogo) e da palavra inglesa "fighter" (avião caça); embora as fileiras militares também os chamavam de "Krauts fireballs" (bolas de fogo dos "Krauts" – este último termo fazendo referência aos alemães), pois acreditava-se que os objetos eram algum dispositivo bélico de procedência nazista. E no transcurso da guerra, foram notificados inúmeros incidentes ao Comando Militar dos aliado.
          Na noite de 23 de novembro de 1944, pilotos da 415ª Esquadra de Caças Noturnos dos Estados Unidos, baseado no território francês de Dijon, protagonizaram um avistamento envolvendo os Foo-fighters. Esta esquadra efetuava missões de combate e reconhecimento sobre a zona do Rim, ao norte de Estrasburgo, e sua tripulação era formada pelo piloto tenente Ed Schlueter, pelo radialista Donald J. Meirs e pelo tenente Fred Ringwald, oficial da inteligência militar que viajava como observador. Num dado momento, o tenente Ringwald ficou surpreso ao ver que algumas estrelas distantes haviam se aproximado e converteram-se em esferas luminosas alaranjadas. Eram em torno de oito a dez objetos pequenos que se movimentavam em altíssimas velocidades e mantinham-se próximas ao avião. O radar de bordo nada acusava tal qual o radar de terra. Subitamente, essas estranhas esferas luminosas desapareceram e, logo em seguida, reapareceram bem mais longe. Poucos minutos depois, elas sumiram definitivamente.
           No dia 27 de novembro de 1944, dois pilotos americanos, Henry Giblin e Walter Cleary, se encontraram com uma bola de luz laranja quando voavam nos arredores da cidade de Speyer, na Alemanha, às margens do rio Reno. O objeto voava a cerca de 400 quilômetros por hora e a cerca de 500 metros sobre o seu avião. Decidiram iniciar uma perseguição ao inusitado objeto e notificaram a estação de radar de terra sobre o fenômeno, que respondeu-lhes não estar captando absolutamente nada. O radar de bordo do avião começou a apresentar falhas, levando-os a abortar a missão e a regressar à base.
           Em Antuérpia, na Bélgica, em setembro de 1944, por volta da 21:00 horas, um soldado canadense observou uma esfera luminosa no céu indo à direção da fronteira. Ele estimou que o objeto não deveria ter mais que um metro de diâmetro e, ainda, parecia ser feita de vidro fumê. A esfera emitia uma forte iluminação que não parecia vir de sua superfície, mas de seu interior. Nenhum som foi ouvido. Menos de um minuto após o avistamento da esfera, outras cinco, aparentemente iguais a primeira, também foram avistadas pelo soldado e seguindo a mesma rota.
          Mas os Foo-fighters não foram avistados unicamente no cenário europeu da guerra. O fenômeno foi relatado também no Extremo Oriente, sobre o Japão e sobre a Lagoa de Truk. Há registros de avistamentos dos Foo-fighters pelas tripulações dos bombardeiros B-29 sobre o Arquipélago Nipon.
           No dia 12 de agosto de 1942, o sargento Stephen Brickner, da Primeira Divisão da Marinha, estava voando em formação com a sua esquadrilha sobre a ilha de Tulagi, ao sul das Ilhas Salomão. Por volta das 10:00 horas, uma formação de pelo menos 150 Foo-fighters voavam a uma altura incrível, bem acima das nuvens e sobre a esquadrilha. O sargento Stephen Brickner achou muito difícil ser máquinas japonesas ou alemães. Não houve confronto, mesmo porque seria impossível atingi-los pela enorme altitude em que se encontravam. O interessante é que esses veículos pareciam ser esféricos, de cor cinza metálico e giravam em torno de seu próprio eixo.
           Terminada a Segunda Guerra Mundial, os Aliados perceberam que não havia o menor fundamento a hipótese de se tratar de alguma espécie de arma nazista. Na verdade, os Foo-fighters também importunavam os alemães. Havia tantos relatos dos pilotos da Luftwaffe sobre essas misteriosas máquinas voadoras que, em 1944, foi criado o projeto secreto de investigação denominado "Sonder Büro nº 13" (Base Especial nº 13). Este projeto, que se ocultava sob o nome de"Operação Uranus", era composto por oficiais de aviação, engenheiros aeronáuticos e conselheiros científicos. O "Sonder Büro nº 13" tinha o objetivo de recolher, avaliar e estudar os relatórios de observações dos pilotos sobre estranhos objetos voadores que apareciam perto dos aviões alemães e, ainda, voavam com eles em formação durante alguns minutos. Com efeito, parece que os alemães começaram a ver estes estranhos objetos desde 1943, onde os relatórios começaram a chegar no Estado Maior Superior do Exército do Ar da Alemanha. A criação deste projeto de pesquisa secreto pelo alto comando militar alemão prova que os Foo-fighters eram um mistério a ser desvendado também para os nazistas.
           Em 1943, um ano antes da criação do projeto "Sonder Büro nº 13" pelos alemães, os ingleses haviam criado uma pequena organização que tinha o mesmo objetivo. Dirigido pelo tenente general Massey, este projeto britânico foi chamado de "Projeto Massey" e apurou, após um inquéritopreliminar, que as luzes que circulavam no meio dos bombardeiros eram flashes provocados com fins psicológicos para desorientar e assustar os pilotos – uma arma psicológica nazista.
           O projeto Massey, neste inquérito preliminar, refletia a opinião dos aliados com relação aos objetos aéreos não identificados durante a guerra. Vejamos uma explicação fornecida por um ex-oficial aviador da USAF, que quis ter sua identidade resguardada porque, na época, ainda trabalhava para uma repartição da USAF. Este oficial declarou textualmente para a revista "American Legion Magazine", de Nova Iorque:
           "(...) provavelmente os Foo-fighters são o desenvolvimento de uma arma psicológica usada pelos alemães. Durante as missões noturnas sobre a Alemanha ocidental, eu avistei por várias vezes discos ou globos luminosos que perseguiam as formações aéreas. Como se sabe, os caças noturnos alemães tinham potentes faróis colocados na proa ou nos cubos das hélices... faróis que tinham a finalidade de apontar para o alvo, para enquadrá-lo melhor, e também para ofuscar as metralhadoras das torres de comando dos bombardeiros inimigos. E esses faróis resultavam em freqüentes alarmes que provocavam uma continua tensão nervosa nas tripulações de nossos aviões, baixando o rendimento das suas ações. E no último ano de guerra, os alemães enviaram contra nós um certo número de corpos luminosos aéreos radio-comandados para perturbar o dispositivo de ascensão dos motores e o funcionamento do radar de bordo". Esta é uma das raras fontes que indicava a certeza das fileiras militares de que os foo-fighters eram uma arma secreta alemã – ignorando que os próprios alemães também eram incomodados pelo fenômeno a ponto de criar um projeto especial para lidar com o assunto.
           Outros comentários de oficiais dos Serviços Secretos para a revista "American Legion Magazine"sugeriam que o fenômento dos Foo-fighters nada mais eram que aparelhos radio-controlados que os alemães enviavam para interferir nos radares aliados durante os bombardeamentos noturnos.
          Porém, o "Projeto Massey" progrediu nas suas investigações e, através de um espião infiltrado (um agente duplo) na Alemanha, foi descoberto que os Foo-fighters não eram dispositivos alemães, pois os próprios nazistas cogitavam a possibilidade de serem dispositivos bélicos aliados. Um ano depois, em 1944, o "Projeto Massey" foi extinto pelos ingleses – coincidindo com o fato de que o agente duplo foi denunciado e executado pelos alemães na primavera daquele ano.
           De qualquer forma, surgiram outras explicações para o fenômeno. No dia 01 de janeiro de 1945, o editor científico da"Associated Press", Howard W. Blakes, numa entrevista radiofônica, disse que os Foo-fighters eram apenas o fenômeno dos "Fogos de Santelmo". Ou seja: luzes naturais produzidas por indução eletrostática das asas e extremidades dos aviões. Segundo Howard W. Blakes, como não eram objetos materiais, eles não poderiam aparecer mesmo nos monitores dos radares, tal qual os relatórios militares afirmavam.
           Dentre aqueles que defendem que os Foo-fighters eram armas secretas alemãs, sobressai o nome de Renato Vesco, um engenheiro aeronáutico e escritor alemão. Segundo Vesco, os Foo-fighters eram veículos voadores não tripulados com o nome código de "Feuerball". A principal finalidade desses engenhos era interferir nos radares aliados através da ionização da atmosfera obtido a partir de fortes campos eletrostáticos e impulsos eletromagnéticos gerados por válvulas Klystron. Controlados a partir de terra via rádio, a propulsão era retirada de um motor de reação – um tipo especial e secreto e que era a causa do halo luminoso que daria ao engenho o nome de "Feuerball"(bola de fogo).
           Será que os Foo-fighters eram realmente uma arma secreta nazista, Fogos de Santelmo ou uma manifestação do fenômeno UFO na Segunda Guerra Mundial? O fato é que, terminada a guerra, o fenômeno das "esferas luminosas" continuava e ainda continua se manifestando em diversas circunstâncias ao redor do mundo... e, em alguns casos, não são explicáveis como fenômenos naturais e humanos.

Caso Travis walton


           Considerado um clássico da ufologia mundial, o Caso Travis Walton reproduz as principais características comuns das abduções alienígenas. Por volta das 18:00 horas da tarde, do dia 05 de novembro de 1975, uma caminhonete de cabine dupla do Serviço Florestal voltava da Floresta Nacional Sitgraves, Arizona, (Estados Unidos), levando sete lenhadores: Michael Rogers, Ken Peterson, Travis Walton, Allen Dallis, John Goulete, Duane Smith e Stephen Pierce. Todos eles tinham menos de trinta anos e voltavam para casa depois de um longo dia de trabalho.
          Travis Walton, na época com apenas 22 anos, reparou uma luminosidade amarelada por trás de uns pinheiros, do lado direito do caminhonete, e comentou com os companheiros. A caminhonete seguia sua rota normal, mas, ao chegar em uma clareira, viram um enorme disco de uns cinco metros de diâmetro que estava flutuando a cerca de seis metros de altura.
           Chocado, Travis pediu que parassem a caminhonete e, imediatamente, saiu do veículo. Acreditando que ao se aproximar o objeto se afastaria, Travis Walton começou a caminhar em direção do OVNI. O disco começou a emitir um ruído alto e movimentar-se lentamente. O motorista da caminhonete, Mike Rogers, tomado pelo pânico, gritou para que Travis voltasse, mas ele estava absorvido na contemplação daquele objeto que, agora, já estava bem acima de sua cabeça. Subitamente, o OVNI emitiu um feixe de luz verde-azulado que atingiu em cheio o peito de Travis, jogando-o para trás. Ao cair, Travis Walton estava desmaiado.
           Todas os outros trabalhadores que estavam na caminhonete ficaram em pânico e Mike, o motorista, imediatamente deu partida no veículo e se afastou, deixando para trás Travis caído próximo ao UFO. A alguma distância do local, quando todos comprovaram que o objeto não lhes perseguia, pararam a caminhonete e discutiram nervosamente se deveriam ou não voltar para socorrer Travis. Finalmente chegaram a algum entendimento e voltaram para o local, porém nem Travis e nem o UFO estavam mais lá.
           Os seis trabalhadores decidiram ir então à delegacia de Navajo Country, que era o posto policial mais próximo. Foram atendidos pelo tenente Chuck Allison que, após ouvir toda a história, decidiu ir até o local dos fatos, às 21:30 horas daquele mesmo dia, levando junto mais três testemunhas para investigar. Não encontraram absolutamente nada. No dia seguinte, os seis trabalhadores passaram aser suspeitos de assassinato. Ninguém acreditava na história contada por eles e a polícia passou a considerar a hipótese de que eles tinham matado Travis Walton e escondido o corpo. Depois inventaram a história do "disco voador" para justificar o sumiço de Travis.
           Durante os três dias seguintes, foi realizada uma super operação"pente-fino" na floresta em busca do corpo de Travis Walton. Essa operação foi composta por um pouco mais de uma centena de homens, vários cães e um helicóptero – no entanto não obtiveram qualquer êxito. Durante toda essa operação de procura pelo corpo de Travis Walton, os investigadores responsáveis pelo caso ficaram surpreendidos ao ver que os seis lenhadores não hesitaram em passar pelo detector de mentiras. Durante o teste do detector de mentiras, foram tomadas todas as medidas para não dar vazão a qualquer possibilidade de dúvida. Entre as medidas estava a presença de C. Gibson, especialista em poligrafia. E para surpreender mais ainda as autoridades responsáveis pelo caso, todos eles passaram pelo detector sem que fosse detectada uma única mentira sequer. A partir daí, somando com o fato de não se ter encontrado o corpo ou qualquer vestígio do mesmo, a história dos lenhadores passou a ser levada a sério por toda a comunidade.
           Seis dias depois do desaparecimento de Travis , no dia 11 de novembro, seu irmão recebe uma ligação telefônica na qual reconhece, imediatamente, que era o próprio Travis do outro lado da linha. Travis pede para que venham buscá-lo e é encontrado no chão de uma cabine telefônica, no posto de gasolina de Heber – cerca de 80 quilômetros de distância de Snowflake. Travis apresentava visíveis sinais de esgotamento e desidratação, tinha náuseas e estava completamente desorientado. Mas o mais surpreendente de tudo é que Travis Walton não acreditava que tinha sumido por vários dias. Para ele tinham se passados algumas poucas horas apenas desde que foi atingido pelo UFO.
          Imediatamente, a família de Travis Walton o levou para um hospital. O doutor Howard Kandell certificou que Travis estava bem, mas tinha perdido um pouco de peso devido à desidratação. A única coisa estranha encontrada em Travis era uma marca no seu braço esquerdo, claramente produzida por uma agulha ou um outro instrumento pungente. As análises de sangue comprovaram que Travis Walton não era usuário de drogas – coisa que a própria família dele garantiu para o médico.
           O passo seguinte das investigações foi submeter Travis Walton a uma sessão hipnótica para averiguar o que tinha acontecido realmente. Neste processo, os doutores Harder e Rosenbaum (presidente da Associação Psicanalítica do Sudeste) ficaram no controle da sessão hipnótica, além da presença de mais três médicos que assistiram tudo na qualidade de supervisores. Em transe hipnótico, Travis Walton relembrou de vários momentos de sua abdução. Quando foi atingido pelo feixe de luz do disco, tudo escureceu. Mas quando abriu os olhos, estava numa espécie de mesa num quarto fortemente iluminado. Inicialmente ele pensou que estava em um hospital mas, quando olhou para os lados, viu seres horripilantes, de um metro e meio de altura e com grandes olhos negros. Suas faces não tinham cor e suas testas eram inchadas. Seus longos dedos não tinham unhas. Travis Walton os comparou com "fetos muito desenvolvidos".
           Aquelas criaturas tinham colocado um aparelho sobre seu tórax que lhe causava uma dor persistente e o impedia de respirar normalmente. Travis entrou em pânico imediatamente e, se debatendo, conseguiu tirar o aparelho de seu peito. Também tentou afastar os alienígenas com empurrões, no entanto, as criaturas continuavam tentando dominá-lo. Somente quando Travis pegou um tubo transparente na mão, que estava numa mesa ao lado, e ameaçou agredir as criaturas, os seres se afastaram e saíram da sala marchando por uma porta. Travis não teve dúvidas: optou por ir embora dali por uma outra porta que existia na sala.
          Travis Walton chegou então num corredor e começou a caminhar. Viu outra porta e entrou. Era uma sala onde havia um sofá com vários botões nos braços. Na frente do sofá havia uma tela enorme, quase do tamanho da parede, e que tinha uma imagem típica do espaço: fundo negro com muitas estrelas. Ao apertar os botões no braço do sofá, as estrelas da imagem na tela se mexiam. Nesse exato momento entrou um ser humanóide idêntico a nós que, através de sinais, indicou que Travis devia acompanhá-lo. Travis se levantou do sofá e tentou falar com a criatura, que usava um capacete transparente, mas não obteve qualquer resposta – o ser apenas sorria de forma tolerante.
           Sem opção e desconcertado, Travis Walton acompanhou aquele ser. Eles saíram do UFO, por uma rampa, e Travis viu que estavam em um hangar onde havia várias naves iguais a que eles estavam. Entraram, logo em seguida, num túnel que os levou a um pequeno quarto. Neste recinto se encontravam três pessoas, sendo dois homens e uma mulher. Subitamente uma mão colocou uma máscara no rosto de Travis e ele, por sua vez, perdeu os sentidos. A próxima lembrança de Travis Walton é ele acordando caído na estrada perto de Heber. Ele olhou para cima e viu uma nave se afastando – inusitadamente não parecia ser a mesma nave que lhe teria abduzido.
           Tal qual foi feito com os outros lenhadores, Travis passou pelo detector de mentiras sem que fosse detectada qualquer fraude em seu relato. Infelizmente, hoje Travis Walton se recusa a fazer outras sessões de hipnose regressiva para tentar resgatar o que poderia estar perdido em sua memória. Ele alega ter medo de saber mais detalhes da experiência traumática que passou. O Caso Travis Walton foi amplamente divulgado e causou grande comoção na comunidade ufológica.